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Ele é originado da matéria orgânica proveniente de fitoplânctons e zooplânctons que viviam há milhares de anos em lagos, mares e oceanos. Ao morrerem, esses micro-organismos foram se depositando no fundo desses ambientes juntamente com outros sedimentos, como argila, silte e areia. É importante lembrar que essa matéria orgânica só se converte em petróleo a uma temperatura que varia entre 65° e 75° Celsius. Ao sobrepor novas camadas sobre a rica em matéria orgânica, a temperatura aumenta. Essas camadas soterradas ficam cada vez mais próximas do centro da Terra.

O petróleo se origina da matéria orgânica que se transforma em hidrocarbonetos, compostos de natureza orgânica, formados, basicamente, por carbono e hidrogênio. Na verdade, o termo petróleo é usado para designar hidrocarbonetos na sua forma líquida, que também podem se apresentar no estado gasoso, conhecido como gás natural (GNV), e sólido, denominado betume.

São vários os fatores que originam os hidrocarbonetos em seus diferentes estados físicos. A temperatura das rochas geradoras onde o petróleo surge, por exemplo, forma inicialmente o hidrocarboneto na sua forma líquida. Na medida em que a temperatura aumenta, o estado muda para gasoso. Já o betume se origina pela perda da sua fração mais leve, no caso o hidrogênio.

Os hidrocarbonetos só ocorrem em bacias sedimentares. Ou seja, onde tiver bacias sedimentares, haverá a procura por petróleo.

Existem as rochas geradoras, ricas em matéria orgânica, e as rochas reservatórios, nas quais os hidrocarbonetos são armazenados. Os hidrocarbonetos são gerados na rocha geradora e de lá migram para os poros das rochas subjacentes e tendem a chegar à superfície. Há também a rocha selante, que tem a característica de ser impermeável. Os hidrocarbonetos atingem as rochas reservatórios, ocupando seus poros e a subida até a superfície pode ser interrompida por uma rocha impermeável. Ao atingir a temperatura ideal, a matéria se transforma em óleo. No Brasil, nossas principais rochas geradoras são de origem lacustre.

Primeiramente, é perfurado um poço exploratório. Ao perfurá-lo, é possível determinar a ocorrência de hidrocarbonetos por meio de perfis elétricos, ferramentas introduzidas no poço que emitem uma corrente elétrica para medir a resistividade do solo. Se estivermos diante de uma rocha reservatório saturada de óleo, sua resistividade tende a ser muito alta. Em seguida, são feitos os Testes de Longa Duração (TLD), que vão nos dar a estimativa de produtividade da jazida.

Como sabemos o Petróleo é formado por diferentes tipos de hidrocarbonetos, moléculas compostas por átomos de carbono e hidrogênio. Para separar esses compostos, é necessário refinar o petróleo por um processo chamado destilação atmosférica.
Conforme o petróleo é aquecido, as moléculas mais leves evaporam, sendo posteriormente condensadas. Cada ponto de ebulição gera um produto diferente. “O gás liquefeito de petróleo (GLP), por exemplo, é um dos primeiros produtos a serem extraídos no processo, incluindo o butano e o propano, obtidos com diferentes pontos de ebulição. Aumentando a temperatura, outros compostos, como a nafta e a gasolina, vão surgindo. Após o GLP, extraído a menos de 40°C, os produtos a serem obtidos a partir da destilação atmosférica do petróleo são a nafta, destilado na faixa entre 60°C e 100°C; a gasolina, entre 40°C e 200°C; o querosene, obtido entre 175°C e 320°C; o óleo diesel, entre 250°C e 350°C; o óleo lubrificante, de 300°C a 370°C; o óleo combustível, de 370°C a 600°C; e, por último, os resíduos asfálticos, conseguidos a partir de 600°C. Para a criação de outros produtos, como o plástico PVC e o poliuretano, por exemplo, a nafta é utilizada como insumo nas petroquímicas. Por meio de processos químicos, suas moléculas são quebradas para gerar outras diversas moléculas.

Para obter o máximo aproveitamento do petróleo, o engenheiro lembra que as refinarias privilegiam a criação de produtos nobres a partir de material pesado. Sendo assim, para continuar extraindo compostos mais leves, como o GLP, a nafta e o diesel, os óleos combustível e lubrificantes passam por um processo chamado craqueamento catalítico. Nessa etapa, as moléculas são quebradas, gerando produtos mais leves. Para isso, é utilizado um catalisador que tem a função de acelerar a quebra das moléculas.

Após o craqueamento, as moléculas mais pesadas que ainda compõem o petróleo são submetidas ao processo de hidrocraqueamento catalítico e passam a ter mais hidrogênios agregados à sua estrutura. É o mesmo processo do craqueamento, só que em alta temperatura, em que o catalisador permite que os hidrogênios possam ser agregados. Quanto mais hidrogênio, mais leve é a molécula.

Quando todos esses processos são finalizados, sobram as partes pesadas e sólidas do petróleo, como o coque verde, uma espécie de carvão. Esse tipo de sobra pode ser utilizado na siderurgia como combustível e na indústria do cimento. Na sua composição, o coque verde apresenta muito carbono, enxofre e metais pesados.

É uma porção do subsolo que se encontra sob uma camada de sal situada alguns quilômetros abaixo do leito do mar. Acredita-se que a camada do pré-sal, formada há 150 milhões de anos, possui grandes reservatórios de óleo leve (de melhor qualidade e que produz petróleo mais fino). De acordo com os resultados obtidos através de perfurações de poços, as rochas do pré-sal se estendem por 800 quilômetros do litoral brasileiro, desde Santa Catarina até o Espírito Santo.

Estima-se que a camada do pré-sal contenha o equivalente a cerca de 1,6 trilhão de metros cúbicos de gás e óleo. O número supera em mais de cinco vezes as reservas atuais do país. Só no campo de Tupi (porção fluminense da Bacia de Santos), haveria cerca de 10 bilhões de barris de petróleo, o suficiente para elevar as reservas de petróleo e gás da Petrobras em até 60%.

Caso a expectativa seja confirmada, o Brasil ficaria entre os seis países que possuem as maiores reservas de petróleo do mundo, atrás somente de Arábia Saudita, Irã, Iraque, Kuwait e Emirados Árabes.

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